Está cada vez mais comum na publicidade (Graças a Deus!) as marcas se utilizarem de figuras que representam as chamadas “minorias”. Depois de muita luta, estes grupos têm ganhado voz a ponto de serem mais representados na mídia como um todo.

No texto de hoje, falaremos da importância da representatividade dentro das marcas e, consequentemente, nas suas publicidades.

O que é representatividade?

O significado de representatividade segundo o dicionário online Priberan é:

  1. Caráter do que é representativo.
  2. Qualidade reconhecida a um homem, a um organismo, mandatado oficialmente por um grupo de pessoas para defender os seus interesses.

Dentro das mídias, é quando um grupo de pessoas se sentem representadas por uma figura. Um exemplo disso foi quando Glória Maria se tornou uma das apresentadoras do Fantástico. Neste caso, a comunidade negra sentiu-se mais representada por ter alguém da sua etnia apresentando um programa de caráter nacional.

O que é representatividade? O que celebridades como Karol Conká e Pablo Vittar têm em comum? E como elas têm sido um trunfo para as marcas? Hoje em nosso blog!

O que mudou?

A internet tem sido uma ferramenta transformadora em todos os âmbitos. A comunicação vem se modulando a este processo, o público ganhou mais voz e as marcas perderem parte do seu poder.

Uma das transformações que o digital nos trouxe foi o de organização. Diversos grupos são criados nas redes sociais e, quando bem organizados, esses grupos formam militâncias fortes capazes de formar opinião.

Um exemplo disso é como o tema feminismo tem sido cada vez mais discutido. Essa militância nas redes, conscientizou mais as pessoas e um resultado é: marcas preocupadas em não objetificar a mulher.

Uma prova de como o feminismo ganhou força e como as marcas tiveram que se curvar para este tema, é o reposicionamento da marca Skol, que começou com a campanha Reposter. No cenário atual, a velha publicidade da “mulher gostosa servindo cerveja” perdeu a vez.

https://www.youtube.com/watch?v=g_8fnMtbdso

Marcas que quebraram tabus em nome da representatividade.

Podemos citar várias multinacionais que quebraram este paradigma da representatividade dentro da propaganda. Uma delas é o Boticário, que lançou uma campanha de dia dos namorados que retratava um beijo gay. A comunidade LGBT sentiu um orgulho tremendo desta propaganda e, apesar do boicote de conservadores, a campanha foi um sucesso. O resultado dela foi um número maior de fãs da marca e de engajamento nas redes sociais, comprovado por pesquisas.

Esta propaganda foi veiculada em 2015. De lá para cá, diversas celebridades engajadas por causas sociais assumiram o papel de estrela em campanhas publicitárias.

Karol Conka, cantora de Rap, é uma forte ativista do movimento negro e feminista. Suas letras são reconhecidas por explorarem este tema e, recentemente, a rapper foi usada pela marca de cosméticos AVON. A propaganda mostrava o lançamento de uma nova linha de produtos que se baseava na reinvenção e Carol foi sua interlocutora.

Recentemente, Pablo Vittar, figura aclamada pelo público LGBT, e fenômeno da música nacional, virou garotx propaganda da Coca-Cola. A maior rede de refrigerantes do mundo, reconheceu o sucesso da drag queen e está a utilizando como figura principal da sua comunicação no País.

Todos estes exemplos retratam bem a preocupação de grandes marcas em conversar com estes grupos da sociedade, através de uma figura que as represente.

Representatividade: simples modismo ou tendência permanente?

Simples modismo é algo passageiro, diante do acesso a informação que está cada vez mais amplo acreditamos numa tendência contínua. As pessoas anseiam por serem mais representadas, as pessoas gostam de se identificar com uma marca e ter um interlocutor que “converse” com sua realidade é muito importante.

Diversas pesquisas mostram o desejo da população em ser mais representada na mídia. Um exemplo simples, mas muito significativo, é o de pesquisas no Google por “cuidados com cabelo crespo” que cresceram 236% do ano passado para cá.

É fato que a mídia ainda não representa da maneira ideal o povo nas novelas, jornais, programas e publicidade. Mas a tendência (que acreditamos ser permanente) é que as coisas melhorem e, cada vez mais, as pessoas se sintam parte das marcas e do universo midiático devido a representatividade.

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